sinto saudade. sonho. a noite repleta de você. você e nossos movimentos para não nos deixarmos. lugares secretos, salas abandonadas e chaves de origens desconhecidas. mesmo no chão haviam os colchões que não tivemos outrora. tudo me faz pensar nossa história. e no tangível? da nudez no mezanino ao sexo oral no banheiro. tua voz ao telefone na noite seguinte. cobertor da mochila na noite fria. terraço. saídas discretas e muito vinho barato. tua blusa. teu cheiro. amor, muito amor. distância. amo você. tempo. sempre noite. esquina. “oi, fábio!” seção de roupas infantis. quase desencontro. tão pálida e toda em negro. os cabelos azuis. senhora do meu colo, pluma sobre minhas coxas (havia esquecido como é pequena). tua casa. penumbra. seios. noite toda. amor. sequer é manhã mais. o azul do teu cabelo na minha camiseta branca. amo você. distância. dia. passeio. largo. a criança. estou alegre. sinto ciúme. “tua esposa?”, querem saber. “quem dera fosse...”, pela primeira não hesito responder. beijo negado. distância. uma falsa ameaça e a chamada preocupada. susto. “o quê está acontecendo?” distância. tempo, muito tempo. caracteres numa tela. “eu te procurei durante tanto tempo” e “tanta coisa poderíamos ter vivido juntos”, você escreve. tolo.